Será a "infância" uma categoria homogênea que abarca indiferenciadamente todos os modos humanos de experimentar os primeiros anos de vida? Ou será que temos que pensá-la a partir de múltiplas perspectivas, procurando sempre contextualizá-la segundo uma série de critérios tais como época, geografia, posição social, acesso a bens e direitos, etc., etc.?
Aquela infância feliz e poética, que costuma ser retratada pela mídia de interesse popular, tem lugar na memória de quantos dos nossos compatriotas neste instante? Quantos dos que hoje são adultos podem se lembrar do tempo em que brincavam despreocupadamente pelas ruas da vizinhança, corriam com seus coetâneos, jogavam pelo prazer de estar juntos, tomavam banho de chuva e se deliciavam com guloseimas as mais variadas? Quantos ainda têm gravado na mente e no corpo as cenas e os sentimentos comuns de eventos ocorridos em sala de aula e nos pátios das escolas? Quantos tiveram a oportunidade de frequentar uma escola?
tiveram a alegria das recordações furtada pelo trabalho infantil. Ao apresentar um contraste bastante nítido entre dois contextos de desenvolvimento infantil, o documentário postado a seguir faz com que pensemos sobre as questões acima expostas e que observemos com maior atenção, como pede Vygotsky, a influência do meio e das condições materiais de existência na constituição das formas de interagir com o mundo e consigo mesmo.
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